sexta-feira, 17 de maio de 2013

Encontro reúne mais de 60 organizações e contesta Pimesp de Alckmin e seus aliados.

6 de Fevereiro de 2013


Frente Pró Cotas confirma Audiência Pública na ALESP e exige presença de Reitores e do Governador. Encontro deve acontecer em Março.

Vamos derrotar a proposta preconceituosa de ALCKMIN e seus aliados!

Exigimos política de Estado! Exigimos uma Lei de Cotas Raciais efetivas para as universidades públicas paulistas.

Parabéns aos lutadores do povo! 



----------------------------------------------------------

Plenária da Frente Pró Cotas confirma Audiência Pública na ALESP e exige presença de Reitores e do Governador. 


Encontro deve acontecer em Março. Movimentos ainda esperam respostas de Reitores e Governo. Câmara Municipal, 5 de Fevereiro de 2013 SOBRE COTAS RACIAIS EM SÃO PAULO: Cerca de 200 pessoas, e mais de 60 organizações representadas, participaram da Plenária Aberta da Frente Pró Cotas do Estado se São Paulo, realizado na noite desta terça feira 05/02/13, na Câmara Municipal da capital paulista. O atraso de uma hora, justificado pela grande adesão do público e a necessidade em realocar a atividade para uma sala maior, não desanimou os participantes. 


Beatriz Lourenço, da UNEafro, iniciou a coordenação dos trabalhos afirmando que “Pela representatividade, pela quantidade de ativistas e organizações presentes, estava claro qual o projeto de Cotas tem o apoio popular e a real legitimidade política”. 


O professor Silvio Almeida, Dr. em Direito pela USP e presidente do Instituto Luiz Gama foi o primeiro convidado a se manifestar. De forma contundente, Silvio reafirmou a tese de inconstitucionalidade da proposta do governo Alckmin, quando este promove uma discriminação negativa, condenando os estudantes cotistas a um prolongamento da espera por ao menos dois anos, no chamado sistema de “College”. Ademais, afirmou Silvio: “Se está demonstrado que estudantes cotistas, nas análises realizadas em universidades onde cotas foram adotadas, tem igual ou melhor rendimento acadêmico que estudantes não cotistas, estes é que precisariam de reforço acadêmico, e não o contrário”. O Prof.da USP, Dennis de Oliveira, colocou a ideia de que o programa do governo do PSDB cria duas categorias de estudantes: os que ingressam direto na universidade pelo vestibular e os que têm que passar por um “curso preparatório de dois anos” para ter, segundo a formulação oficial: “formação sociocultural para exercício da cidadania” como se isso já fosse garantido por quem passa nos vestibulares, isso, segundo Dennis, “se formação para cidadania for o conteúdo exigido nos vestibulares via Anglo ou Objetivo!!!”. 


Douglas Belchior, da UNEafro, fez um resgate das lutas e ações dos movimentos pró cotas no estado de São Paulo nos últimos 6 anos, além de apontar a sintonia existente entre a proposta do governo e a grande mídia, em especial Folha de SP, Globo e Veja, que embora sejam assumidamente contrários a cotas, tem feito permanente campanha de apoio a proposta de Alckmin: “Se Veja, Folha e Globo apoiam, é porque não é um boa proposta para o povo negro”, disse Belchior. E mais, afirmou: Temos história de lutas, coerência, embasamento teórico, força política e sobretudo, legitimidade. Não deixaremos que Alckmin imponha esse programa preconceituoso. Os movimentos tem propostas melhores.” 


A Defensora Pública de SP, Vanessa Vieira, reforçou a importância da construção coletiva e de uma proposta que contemple os movimentos: “Se não há acordo no mérito, é preciso retomar o método e a forma. O governo precisa ouvir os movimentos.” Juninho, do Circulo Palmarino observou o quanto perversa é a prática do atual governo, que alia truculência, violência de estado, encarceramento à negação de direitos: “Por um lado, o sucateamento da escola pública, a precarização da saúde, a negação de cultura e do esporte e a violência policial; Por outro a tentativa de impedir o acesso à Universidade. São Paulo continua sendo o Estado mais desigual do país”. O Vereador Toninho Véspoli(Psol), a representante da Seppir da Prefeitura de São Paulo Marcilene Garcia e ao representante da Coordenadoria da Juventude da Prefeitura de São Paulo Ramon Szermetta, manifestaram apoio às demandas dos movimentos; Presentes, os deputados Adriago Diogo (PT), Carlos Gianazzi (Psol), Alencar (PT) e Leci Brandão (PCdoB) além de Marcolino e Carlos Neder, representados pelas assessorias, comprometeram-se junto à Frente Pró Cotas, com as seguintes demandas:


• Convocação de Audiência pública para o mês de Março, com presença obrigatória dos reitores da USP, UNESP, UNICAMP e FATEC’s, e do Governador Geraldo Alckmin, para debate sobre a efetivação de Cotas Raciais nas Universidades Paulistas.

• Apoio a suspensão da proposta apresentada pelo governo de São Paulo e reitorias;
• Busca de diálogo entre governo, reitorias, movimentos negros e movimentos sociais que realmente representam a sociedade civil organizada. A construção das políticas de cotas devem se dar em conjunto com a sociedade civil e os grupos legítimos de representação! 
• Retomada do Grupo de Trabalho para acompanhar e promover articulações na ALESP, relativas a aprovação do PL de Cotas (proposto pela Audiência de Maio de 2012); 
• Levantamento do procedimento formal relativo a unificação dos PL’s 530/2004 e 321/2012; Tarefa: Manter trâmites do 530/2004, com alterações constantes no 321/2012. 
• Promoção políticas de estado que efetivem cotas raciais nas universidades públicas paulistas, diretas, sem etapas intermediárias e que incida sobre 100% das vagas disponíveis; 
• Pela aprovação de do PL 530/04, com alterações propostas pelo PL 321/2012, em trâmite na ALESP há mais de 8 anos. Fica marcada a próxima reunião da Frente Pró Cotas para o dia 19 de fevereiro, às 19h, na Câmara de Vereadores de SP. 

Para ver fotos: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.364058427035397.86040.248449308596310&type=1

Nenhum comentário: