Recentemente o IBGE lançou um mapa-mundi digital, com síntese, histórico, indicadores sociais, economia, redes, meio ambiente, entre outras curiosidades, vale a pena conferir!
Este é o espaço do encontro e do reencontro, da roda e da palavra, elementos tão caros à cultura africana. Em nome de todas as entidades... em nome da revolução brasileira... bem vindas/os a nossa casa. Axé!
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
VIDA MARIA
Foi a professora, psicóloga e companheira de luta Adriana Eiko quem me apresentou esse vídeo.
Conforme ela mesma registrou, só é preciso tomar cuidado e discernir os papéis da sociedade, do estado, da família e do indivíduo...
Profundo demais!
Filme de Márcio Ramos (Roteiro e Computação Gráfica)
Trilha Sonora de Hérlon Robson
Produção de Joelma Ramos
Produção Executiva de Isabela Veras (Trio Filmes)
Apoio Gov. Est. Ceará.
Dedicado às Comunidade do Sítio Vale Verde, Sitio Prensa e Arredores, Cajazeiras - PB - Brasil.
Sobre educação, racismo e miséria
Sobre educação, racismo e miséria
Por Douglas Belchior*
A presidenta Dilma Rousseff elegeu o combate à miséria como prioridade de seu governo. A relevância do tema provoca expectativa, em especial por conta da óbvia compreensão de que o combate à miséria requer algo mais do que políticas compensatórias superficiais, marca das ações governamentais nos últimos anos.
A superação da pobreza depende, fundamentalmente, do rompimento com os interesses do grande capital, no Brasil representado por uma elite racista e preconceituosa, formada por latifundiários e empresários do agronegócio, por banqueiros, especuladores financeiros, grandes meios de comunicação e empresas multinacionais de diversas áreas. Daí porque somente uma mudança estrutural nas relações políticas, sociais, raciais e econômicas seria capaz de combater efetivamente as desigualdades.
Pobreza e analfabetismo
Não podemos permitir ou compactuar com corte de recursos ou investimentos públicos nas áreas sociais. Ao contrário, devemos exigir uma ampliação desses investimentos, sempre considerando o peso da variável “raça” na estruturação das desigualdades sociais no Brasil. Para isso, basta analisar os dados do Censo 2010 do IBGE, segundo o qual aproximadamente 16,2 milhões de brasileiros vivem em condições de extrema pobreza. Desses, mais de 70% são negras e negros.
Já a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) divulgada no final de 2010 apontou que o Brasil possui 14 milhões de analfabetos. E mais uma vez, percebe-se a população negra entre os mais preteridos no acesso a este direito.
Aqueles que conseguem superar o analfabetismo encontram inúmeros desafios para completar o ensino médio, ter acesso a cursos técnicos e, principalmente, às universidades. Mesmo com o Prouni e o Enem enquanto via de acesso, as camadas mais empobrecidas têm ficado às margens das oportunidades visto o déficit na preparação prévia adequada e a própria limitação dos programas. São os cursinhos comunitários em todo Brasil que ocupam as lacunas deixadas pelo abandono do Estado. No caso da UNEafro-Brasil, mais de 2 mil jovens oriundos de escolas públicas se organizam em 42 núcleos, aliando estudo e luta em favor da educação pública.
Será possível uma política efetiva de combate à miséria sem que haja ações dirigidas à população negra?
Lei 10.639/03 e o PNE
O racismo é constitutivo do capitalismo brasileiro. É uma ideologia de dominação sem a qual a elite brasileira não se manteria. Esse quadro explica, em parte, o fato de a Lei 10639/03 (alterada pela lei 11645/08), apesar de sua histórica e festejada aprovação, não ter saído do papel. Afinal, sua intenção é justamente contribuir para a superação dos preconceitos e atitudes discriminatórias por meio de práticas pedagógicas que incluam o estudo da influência africana e indígena na cultura nacional.
É necessário trabalhar para que o Plano Nacional de Educação - PNE, que volta a ser debatido, contemple a necessidade de radicalizar na efetivação das leis 10639/03 e 11645/08. E mais que isso: Em tempos de reivindicação pelo aumento dos investimentos em educação para a ordem de 10% do PIB, a UNEafro-Brasil propõe uma bandeira paralela tão importante quanto: a obrigatoriedade da destinação de, no mínimo, 10% dos recursos da educação de municípios, estados e federação para a aplicação das Leis 10639/03 e 11645/08. É preciso também regulamentar punições severas aos gestores públicos que as descumprirem.
A educação, num sentido ampliado, é tudo o que rodeia e forma o indivíduo, seja na escola formal, no ambiente familiar, nos diversos espaços de sociabilidade. E hoje, mais que nunca, também através dos meios de comunicação, em especial a televisão, a produção cultural (sobretudo na música) e as redes sociais da internet. Essa realidade nos coloca o desafio de pensar numa radical reformulação da educação brasileira, não apenas no que diz respeito aos recursos, mas ao modelo educacional, aos valores e aos métodos.
No Brasil, os afro-brasileiros representam 51% da população (IPEA). Diante dessa realidade, é sempre bom lembrar as palavras do mestre Kabengele Munanga: "Para qualquer pessoa se afirmar como ser humano ela tem de conhecer um pouco da sua identidade, das suas origens, da sua história".
10% do PIB para uma educação antirracista, antimachista e anti-homofóbica.
Não é possível imaginar um desenvolvimento sustentável e socialmente justo em uma sociedade que não prioriza a educação, não valoriza professores e não democratiza o acesso. Sobretudo, é necessário dar uma basta ao modelo neoliberal de educação que, infelizmente caminha a passos largos em nosso país. Exigimos 10% do PIB para o investimento em uma educação de qualidade, gratuita, popular, laica, antirracista, antimachista e anti-homofóbica.
*Texto publicado na coluna “opinião” do jornal Brasil de Fato de 20 de Outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Auto Crítica
Vamos debater opressões?
Uma mesa de reflexão, três opções:
Opressão de gênero, fundamental
Racismo, da desigualdade é estrutural
Homofobia e afins, violência tida como natural
Convidadas:
Mulher branca, militante feminista
Homem negro do movimento africanista
E outro homem, homossexual, ativista
Onde?
No Centro Acadêmico
No Sindicato
No Partido
Nos movimentos do campo ou da cidade
Importância:
Um setorial
Um coletivo
Uma atividade
No máximo uma secretaria
Tratamento de câncer na perfumaria
Debate paralelo, sempre submetido
À logica do economicismo.
Que merda!
A desigualdade de agora é o resultado do escravismo que meu povo herda.
Cegueira:
A cultura machista e patriarcal de uma vida inteira, desde a história primeira
À minha direita, enxergam bem: o tiro é certeiro, fita métrica
Bala perdida na cabeça do jovem negro e porrada na mulher empregada doméstica.
À minha esquerda a miopia, apatia, prepotência travestida de ideário:
“Luta de classes é burguesia versus proletariado”
Na ponta da língua, revolução russa, cubana
Mas, à míngua, dezenas de gays assassinados no final de semana
Então eu grito: vamos inverter o pensamento, mudar a órbita
A luta antirracista, antimachista e anti-homofóbica
Deve nortear a ação anticapitalista, esta deve ser a lógica
O Racismo, o Machismo e a Homofobia são ideologias de dominação
Sem as quais as elites capitalistas não controlariam a população
Maioria mulher e povo preto, destemido
Em Oxalá espero que esse recado seja entendido.
Sábado fez sol
A hora da Ave Mariana
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
DIA DAS CRIANÇAS
DIA DAS CRIANÇAS
Minhas filhas,
Filhas do mundo:
Clara de Lourdes.
Ana Helena
Luanda Kamau
Que de repente surges,
sorridentes e pequenas
E me faz esquecer todo o mau
Que mundo é esse que herdas?
Perdoa o Pai
Que ajuda a fazer tantas merdas
Como um corpo que cai
Me ajoelho a vocês
És uma só no meu coração
as três
Clara, Ana e Lua
Faz de mim,
Sujeito do mundo, da noite e da rua
Feliz...
E pré-ocupado:
És de minha responsabilidade todas as crianças do mundo!
Sou comunista
E a cada filha, maior o compromisso com tudo.
Sou pai e pra mim
Todo dia é 12 de outubro.
Douglas Belchior
Professor de História e Sociologia da Rede Pública Estadual de SP
Facebook: Douglas Belchior
Facebook: Douglas Belchior
Email: negrobelchior@gmail.com
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Convite
Sarau "O que dizem os umbigos?!!"
15 de Outubro às 18h
Casa de Cultura do Itaim Paulista
Pollyana me convidou
E o buraco que da minha pança emana... aceitou.
Convite de Pollyana
Adorei o convite
Ainda bem...que não é o meu umbigo quem decide!
Ele não se dá bem com as minhas pernas
Menos ainda com a cintura
Desde criança, pular, rodar... era tombo e tontura
Mas já na cabeça a vontade era grande
Ah...que linda preta... sorridente...dançante
E eu? Travado, recatado, canteado...
E um dia sonhei com a morte
Morte morrida e indolor, que sorte.
E na cama eterna, a frase forte:
"Aqui jaz Douglas Belchior
Menino bom, nada a reclamar,
Mas morreu triste
Ainda bem...que não é o meu umbigo quem decide!
Ele não se dá bem com as minhas pernas
Menos ainda com a cintura
Desde criança, pular, rodar... era tombo e tontura
Mas já na cabeça a vontade era grande
Ah...que linda preta... sorridente...dançante
E eu? Travado, recatado, canteado...
E um dia sonhei com a morte
Morte morrida e indolor, que sorte.
E na cama eterna, a frase forte:
"Aqui jaz Douglas Belchior
Menino bom, nada a reclamar,
Mas morreu triste
Por não saber dançar!"
Acordei assustado... quase mijado!
Que bom!
E no silenciado noturno, um gemido:
"Vamos lá sô! Tenho coisas pra dizer!"
Era meu umbigo:
"Quero fazer as pazes. Cansei de ficar de mau...
Vamos juntos, você e eu, lá no meu sarau"
Respondi: Tá bom!
Acordei assustado... quase mijado!
Que bom!
E no silenciado noturno, um gemido:
"Vamos lá sô! Tenho coisas pra dizer!"
Era meu umbigo:
"Quero fazer as pazes. Cansei de ficar de mau...
Vamos juntos, você e eu, lá no meu sarau"
Respondi: Tá bom!
domingo, 2 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
UNEafro, Núcleo Jd. Bonifácio Cohab II Itaquera
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