domingo, 19 de maio de 2013

O Cursinho Comunitário...




A cada sábado me apaixono mais pelo Cursinho Comunitário da UNEafro onde ajudo.

E assim estou há 14 anos...

Saudades e gratidão pelos que passaram...

Alegria e satisfação pelos que hoje estão!

E o Tomaz Amorim me diz: "Que lindo hoje, se continuar assim já já será autônomo..."

Que lindo sempre!

E pelos próximos 14, 20, 50 anos... e quantos forem necessários

Até que não precisemos mais de cursinhos...

Axé!


Debate Pimesp x Cotas Raciais na UNICAMP

Muito produtivo e qualificado o debate sobre o Pimesp (Programa de Inclusão por Mérito), Muito produtivo e qualificado o debate sobre o Pimesp (Programa de Inclusão por Mérito), formulado pelo Governo Alckmin para as Universidades Estaduais Paulistas e seu paralelo com as Cotas Raciais, defendido pelos movimentos negros e Sociais, nesta quinta feira 16/05, na Unicamp
 
Estão de parabéns o Núcleo de Consciência Negra e o DCE da Unicamp que, além de trabalhar em torno dos problemas dos estudantes da universidade, se dedicam também à luta pelo acesso de jovens negros e pobres aos bancos universitários. Os estudantes do Cursinho Popular do DCE também marcaram importante presença no debate.
 
Que orgulho desse povo de luta Maurício Gabriel Dos Santos, Mariana Santos de Assis, Mariana Pimentel, Teófilo Reis, Cinthia Vilas Boas, Reginaldo Bispo, Ronald, a galera do DCE da Unicamp e do Núcleo de Consciência Negra...  galera de altíssimo nível no debate e na mobilização!

Parabéns pra nós e seguimos na luta por Cotas Raciais em SP.









V Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e de Direitos Humanos


O Comitê de Luta Contra o Genocídio da Juventude Negra foi um dos contemplados... e recebemos com orgulho, mas com o desejo de deixar de existir.

Até quando será necessário se organizar e lutar pelo direito que, de tão elementar deve se garantir aos bichos, às flores, às águas...

Que mundo é esse que nos obriga a ter que lutar e gastar anos precisos de nossas vidas suplicando pelo que há de mais natural no planeta: a vida!

Que normalidade é essa, que naturaliza a desgraça cotidiana, as vezes de cinza e fuzil, outras vezes de terno, gravata e caneta, todas letais.

E enquanto escrevo, mataram mais um.

Queria dizer isso ontem.

Mas travei. A emoção sufocou as palavras.

Obrigado aos organizadores do V Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos.

Obrigado Adriana de Cássia Moreira, de quem tivemos a honra de ser presenteados!

Porque loucura é aceitar o mundo como ele é.

Bjs de axé!


O Comitê de Luta Contra o Genocídio da Juventude Negra, Pobre e Periférica de SP foi um dos 13 premiados do V Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e de Direitos Humanos de 2013. A cerimônia de premiação aconteceu em 19 de maio, no auditório da biblioteca Alceu Amoroso Lima, em São Paulo. O prêmio foi criado em 2009 e tem como objetivo dar continuidade à luta de Austregésilo Carrano por uma mudança nas condições de tratamento de pessoas em sofrimento mental, fazendo valer a Lei nº 10.216/2001 da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Carrano, cuja história foi contada no livro O Canto dos Malditos e no filme Bicho de Sete Cabeças, foi internado aos 17 anos pelo pai, que encontrou um cigarro de maconha em sua mochila. No manicômio, recebeu choques, torturas e tratamentos subhumanos. Por isso foi, até a sua morte, em 2008, foi um incansável defensor da Luta Antimanicomial no Brasil. 

O troféu é entregue anualmente a pessoas e instituições que com sua arte, ações e atitudes contribuem com os dois temas do prêmio, que manifestam e denunciam sua indignação com quaisquer violações dos Direitos Humanos, especialmente no que se refere às pessoas em condições de sofrimento mental. A entrega do prêmio, que em 2012 homenageou o escritor Lima Barreto, foi marcada por apresentações artísticas e muita emoção.


13 de Maio, Abolição para quem ?

Há 125 anos uma Lei reconheceu a realidade: 

A escravidão já não fazia mais sentido para os interesses do grande capital.

E para o novo "sistema" que nascia, africanos e seus descendentes, outrora fundamentais na engrenagem lucrativa de produção, seriam então secundários.

Democracia? Cidadania? Direitos Humanos, Sociais e Políticos? Para quem?

Escola, Emprego, Cultura e Religião.. para quem?

Polícia, cadeia, chibata - depois cassetete, camburão... para quem?

Palacetes, bailes de gala, café quente, casa do imigrante... para quem?

Limpar fosso, manutenção no trilho, cabeça baixa, batuque escondido... para quem?

Passados 125 anos...

O passado passou? Para quem?

13 de Maio no Jornal da TVT

Registro histórico do Ato de 13 de Maio de Luta, em São Paulo.

Estudar e lutar - UNEafro nas ruas de São Paulo

ATO do 13 de Maio de LUTA mobiliza centenas de estudantes em SP




Lembrar o 13 de Maio de 2013 com muito estudo e muita luta! Essa foi maneira pela qual a UNEafro-Brasil se organizou para celebrar os 125 anos da inacabada abolição da escravidão e lembrar suas consequências para o país e o povo negro A atividade foi iniciada pela manhã de sábado, dia 11 de Maio de 2013, no Auditório do Sindicato dos Químicos de São Paulo, e nesse período reuniu cerca de 400 estudantes de diversos Núcleos de Cursinhos Comunitários da UNEafro, além de coordenadores, professores e ativistas. Nesse período foram promovidas Oficinas de Atualidades que abordaram temas de muita relevância social e que, para além de seu caráter social, muito provavelmente serão temas de questões e redações do ENEM e outros vestibulares.





Convidados

O Professor Silvio Almeida, Advogado presidente do Instituto Luiz Gama e da Frente Pró-Cotas SP abordou a questão do acesso à Universidade, Pimesp e Cotas; 



Camila Gibin do Coletivo Anastácia Livre, tratou da questão da Violência, Encarceramento, Genocídio da Juventude e Maioridade Penal. Para completar, contamos também com três importantes lideranças Caciques das Tribos Guarani Kaiowá que, a convite do Tribunal Popular, vieram direto do Mato Grosso do Sul para dividir com os estudantes da UNEafro o seu emocionante cotidiano de lutas e resistência.
Logo após as aulas expositivas, os estudantes se concentraram na quadra do Sindicato, onde organizados em grupos, lancharam e ao mesmo tempo, conversaram sobre os conteúdos tratados. A partir daí produziram dezenas de cartazes com palavras de ordem, reflexões e reivindicações que mais tarde, coloriram as ruas do centro de SP.





A marcha do 13 de maio de Luta

A parte da tarde reservava ainda mais energia! Convocada pela UNEafro-Brasil, Círculo Palmarino, MNU, Mães de Maio, Núcleo de Consciência Negra USP, Movimento Quilombo,Tribunal Popular, Levante Popular, Instituto Luiz Gama e Rompendo Amarras, A Marcha do 13 de Maio de Luta reuniu mais de 600 pessoas que ocuparam as ruas do Bairro da Liberdade e seguiram em uma linda caminhada pelas ruas do centro, até a Praça da Sé, tudo isso fortalecido e animado pelo com contagiante do Grupo MARACATÚ BOYGI, da Cidade de Mogi das Cruzes. Na Sé, por cerca de uma hora, lideranças dos diversos movimentos sociais e do movimento negro abordaram a temática da realidade do negro no Brasil. O ATO político foi encerrado com a leitura da Carta do 13 de maio de luta à Sociedade, elaborada pelos movimentos:


13 de maio é dia de luta! 

Em 513 anos de história oficial, o Brasil viveu mais que dois terços deste período em regime de escravidão. Enquanto que os últimos 125 anos de República foram recortados por duas ditaduras e lapsos de uma dita democracia que não garantiu direitos de cidadania à maior parte da população. Em especial à população negra resta uma situação de penúria social e violência cotidiana similar aos primeiros dias da Abolição, que continua incompleta e inacabada. Por isso lutamos!

Nunca vivemos uma abolição verdadeira. Ao contrário, o que vivenciamos em plena vigência do que chamam de “estado democrático de direito”, tem sido um aprofundamento da exploração, da falta de direitos básicos, da exclusão econômica, além da criminalização e da violência generalizadas, Por isso exigimos:

  • Direito à vida e à liberdade Reparação histórica à população negra brasileira
  • O Fim do Encarceramento e do Genocídio da Juventude Negra
  • Não aceitaremos a Redução da Idade Penal
  • O Fim da violência Racista, Machista e Homofóbica
  • Cotas Raciais nas Universidades Paulistas
  • Efetivação das Leis que instituem a história da África, dos negros e indígenas nas escolas
  • Respeito ao território e à cultura Quilombolas e Indígenas
  • Investimento em educação, do fundamental ao superior, valorização e respeito aos professores
  • Indenização justa aos familiares de vítimas da Polícia
  • Investigação dos Grupos de Extermínio
  • Canais seguros para denunciar violência
  • Fim da Operação Delegada e Operação Saturação em SP









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Salve Geral !

Estudar e Lutar!