ATO do 13 de Maio de LUTA mobiliza centenas de estudantes em SP
Lembrar o 13
de Maio de 2013 com muito estudo e muita luta! Essa foi maneira pela qual a
UNEafro-Brasil se organizou para celebrar os 125 anos da inacabada abolição da
escravidão e lembrar suas consequências para o país e o povo negro A atividade
foi iniciada pela manhã de sábado, dia 11 de Maio de 2013, no Auditório do
Sindicato dos Químicos de São Paulo, e nesse período reuniu cerca de 400
estudantes de diversos Núcleos de Cursinhos Comunitários da UNEafro, além de
coordenadores, professores e ativistas. Nesse período foram promovidas Oficinas
de Atualidades que abordaram temas de muita relevância social e que, para além
de seu caráter social, muito provavelmente serão temas de questões e redações
do ENEM e outros vestibulares.
Convidados
O Professor
Silvio Almeida, Advogado presidente do Instituto Luiz Gama e da Frente
Pró-Cotas SP abordou a questão do acesso à Universidade, Pimesp e Cotas;
Camila Gibin do Coletivo Anastácia Livre, tratou da questão da Violência, Encarceramento, Genocídio da Juventude e Maioridade Penal. Para completar, contamos também com três importantes lideranças Caciques das Tribos Guarani Kaiowá que, a convite do Tribunal Popular, vieram direto do Mato Grosso do Sul para dividir com os estudantes da UNEafro o seu emocionante cotidiano de lutas e resistência.
Camila Gibin do Coletivo Anastácia Livre, tratou da questão da Violência, Encarceramento, Genocídio da Juventude e Maioridade Penal. Para completar, contamos também com três importantes lideranças Caciques das Tribos Guarani Kaiowá que, a convite do Tribunal Popular, vieram direto do Mato Grosso do Sul para dividir com os estudantes da UNEafro o seu emocionante cotidiano de lutas e resistência.
Logo após as
aulas expositivas, os estudantes se concentraram na quadra do Sindicato, onde
organizados em grupos, lancharam e ao mesmo tempo, conversaram sobre os
conteúdos tratados. A partir daí produziram dezenas de cartazes com palavras de
ordem, reflexões e reivindicações que mais tarde, coloriram as ruas do centro
de SP.
A marcha do
13 de maio de Luta
A parte da
tarde reservava ainda mais energia! Convocada pela UNEafro-Brasil, Círculo
Palmarino, MNU, Mães de Maio, Núcleo de Consciência Negra USP, Movimento
Quilombo,Tribunal Popular, Levante Popular, Instituto Luiz Gama e Rompendo
Amarras, A Marcha do 13 de Maio de Luta reuniu mais de 600 pessoas que ocuparam
as ruas do Bairro da Liberdade e seguiram em uma linda caminhada pelas ruas do
centro, até a Praça da Sé, tudo isso fortalecido e animado pelo com contagiante
do Grupo MARACATÚ BOYGI, da Cidade de Mogi das Cruzes. Na Sé, por cerca de uma
hora, lideranças dos diversos movimentos sociais e do movimento negro abordaram
a temática da realidade do negro no Brasil. O ATO político foi encerrado com a
leitura da Carta do 13 de maio de luta à Sociedade, elaborada pelos movimentos:
Em 513 anos de história oficial, o Brasil viveu mais que dois
terços deste período em regime de escravidão. Enquanto que os últimos 125 anos
de República foram recortados por duas ditaduras e lapsos de uma dita
democracia que não garantiu direitos de cidadania à maior parte da população. Em
especial à população negra resta uma situação de penúria social e violência
cotidiana similar aos primeiros dias da Abolição, que continua incompleta e
inacabada. Por isso lutamos!
Nunca vivemos
uma abolição verdadeira. Ao contrário, o que vivenciamos em plena vigência do
que chamam de “estado democrático de direito”, tem sido um aprofundamento da
exploração, da falta de direitos básicos, da exclusão econômica, além da
criminalização e da violência generalizadas, Por isso exigimos:
- Direito à vida e à liberdade Reparação histórica à população negra brasileira
- O Fim do Encarceramento e do Genocídio da Juventude Negra
- Não aceitaremos a Redução da Idade Penal
- O Fim da violência Racista, Machista e Homofóbica
- Cotas Raciais nas Universidades Paulistas
- Efetivação das Leis que instituem a história da África, dos negros e indígenas nas escolas
- Respeito ao território e à cultura Quilombolas e Indígenas
- Investimento em educação, do fundamental ao superior, valorização e respeito aos professores
- Indenização justa aos familiares de vítimas da Polícia
- Investigação dos Grupos de Extermínio
- Canais seguros para denunciar violência
- Fim da Operação Delegada e Operação Saturação em SP
Veja mais fotos no Facebook: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.247112588763551.1073741826.133358193472325&type=1
Nenhum comentário:
Postar um comentário